quinta-feira, maio 10, 2012

Parlamentares contestam sigilo da CPI do Cachoeira

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do caso Cachoeira, que investiga o bicheiro Carlos Augusto Ramos, volta a discutir a convocação do procurador geral da República, Roberto Gurgel. Nesta quarta-feira (9), deputados da CPMI foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedir o fim do sigilo nos depoimentos.

 

A abertura das sessões é defendida por quase a metade dos integrantes da comissão. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), explicou a posição: 

 

— Por que manter sigilo sobre documentos que já não são mais sigilosos? 

 

Claudio Souza Neto, presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também considera o sigilo desnecessário e inconstitucional: 

 

— O cidadão deve poder fiscalizar como funciona o Estado. Isso se aplica também às atividades parlamentares e às CPIs. 

 

Além de reforçar as suspeitas sobre o envolvimento de parlamentares com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a CPI também trouxe outros impactos imediatos. 

 

Após ouvir o delegado da Polícia Federal, alguns deputados e senadores passaram a defender a convocação do Procurador-Geral da República e da mulher dele, a subprocuradora Cláudia Sampaio, para explicar por que teriam, três anos atrás, engavetado o relatório das investigações. 

 

Nos próximos dias, a CPI vai decidir sobre a convocação do jornalista Policarpo Junior, diretor da revista Veja em Brasília. O pedido para que Policarpo seja ouvido foi encaminhado pelo senador Fernando Collor, que quer esclarecer suspeitas sobre o envolvimento dele com Cachoeira.

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